Mesmo nos dias atuais se faz muito importante falarmos sobre um tema que nos faz remexer na cadeira: machismo no ambiente de trabalho. Segundo a OMS, no Brasil, uma mulher é vítima de violência física ou verbal a cada 2 segundos.
Isso mesmo: A CADA 2 SEGUNDOS!
Antes de continuar, é importante refletirmos se, no nosso ambiente profissional:
- Preferimos contratar ou trabalhar exclusivamente com homens?
- Não nos sentimos confortáveis em liderar ou sermos liderado por mulheres?
- Usamos expressões que diminuem mulheres?
- Não sabemos ou duvidamos como mulheres em posições de liderança chegaram lá?
- Não promovemos ações que impulsionam o crescimento feminino?
- Só aceitamos críticas e colaborações que venham de homens?
- Falamos ou pensamos que o feminismo é moda ou mimimi?
Se, para qualquer uma das perguntas acima houve uma resposta “SIM”, então estamos diante de atitudes machistas.
Mas nunca é tarde para dar um basta nesse pensamento e atitudes que estão enraizadas no nosso inconsciente, fruto dos quase 5.000 anos de sociedade patriarcal em que vivemos.
Existem uma série de micro-violências (micro prá quem, né?) que nós homens promovemos contra as mulheres, mas, abaixo, destaco as 4 principais e mais frequentes para que, tomando consciência delas, possamos:
1) Mudar nossa própria atitude e parar imediatamente de fazê-las
2) Intervir quando percebemos um homem reproduzindo alguma delas
3) Falar abertamente sobre elas dentro de nossas organizações para gerar mais consciência nesse ambiente.
São elas:
a) BROPRIATING: Quando um homem “tem uma brilhante ideia” que já foi tida por uma mulher anteriormente e ele leva os créditos por isso. Muitas vezes acontece na presença da própria mulher nas reuniões.
O que eu deveria fazer para evitar? Reforce o nome da mulher que deu a ideia, dê os devidos créditos à ela.
b) GASLIGHTING: Este neologismo tem origem no filme britânico "Gaslight" , de 1940. Refere-se a um tipo de abuso psicológico que leva a mulher a achar que enlouqueceu ou está errada sobre certo assunto. É uma forma de fazê-la duvidar do seu senso de percepção, raciocínio, memória e até de sua sanidade.
O que eu posso fazer para evitar? Simples...não faça!
c) MANSPLAINING: Quando um homem explica algo óbvio a uma mulher como se ela não fosse capaz de entender. Exemplo: imagine um homem explicando a uma grávida como são os sentimentos de uma mulher grávida.
O que eu devo fazer para não cometer? Respeite a opinião e a explicação de uma mulher. Acredite: ela sabe do que está falando! Se quiser falar a respeito, prefira fazer perguntas abertas: "você pode contar mais sobre como pensou nesse processo?". Desta forma você está construindo um diálogo.
d) MANTERRUPTING: Quando um homem interrompe constantemente uma mulher, não permitindo que ela consiga concluir seu raciocínio, mas não age da mesma forma com outros homens.
O que eu posso fazer para evitar? Espere que ela finalize sua explicação ou seu comentário. Somente depois disso, peça a palavra e fale de maneira respeitosa. Mas, espere aí, os homens também não se interrompem o tempo todo? As mulheres também não dão explicações indesejadas em alguns momentos?
Então, isso é mesmo uma questão de gênero?
Estudos recentes mostram que nós, homens, interrompem três vezes mais as mulheres do que homens e ocupamos 75% mais tempo falando e apresentando em reuniões.
Portanto, sim: esses termos tratam de questões de gênero!
Além disso, eles não funcionam apenas como formas de emudecer as vozes das mulheres. São também formas para minar os potenciais criativos e produtivos que a diversidade de gênero entrega às empresas e equipes.
Nós, homens, somos parte do problema, mas também somos parte da solução!
Juntos, homens, mulheres, todos, somos capazes de estabelecer relações mais saudáveis e harmônicas em todos os ambientes. Que possamos trazer à tona e problematizar o que ficou tão normalizado nas nossas relações profissionais e acabar de uma vez por todas com todos os tipos de violência cometidos contra as mulheres.
Quem vem comigo?

Podemos ajudar a sua empresa a superar diversos desafios em relação a diversidade. Qual seria o seu maior interesse?